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OPINIÃO: O ensino do século XXI


Engana-se o leitor que este artigo tem a ver com o polêmico projeto denominado "Escola sem Partido". Vamos tratar aqui de tecnologia e uma nova forma de adaptação do professor em sala de aula. Aquele professor tradicional que adota um modelo passivo de aula, onde só ele fala, dita e passa inúmeros slides, no meu entendimento está com os dias contados. Os professores que preferem o modelo de repetição, rígido com normas, horários e sinetas, criado na revolução industrial para a formação de pessoas em linha de produção, não se sustenta mais.

Neste século, os professores do futuro são mentores, ensinam por habilidades e estão focados em revolucionar a educação. Introduzir novas tecnologias como a inteligência artificial, realidade virtual e o big data são exemplos desta inovação. Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, recentemente sentenciou: "em 30 anos, o grande campus de universidade será uma relíquia. As universidades não irão sobreviver". Drucker ainda relata que o diploma universitário não tem sido requisito para contratação em diversas empresas como Google, Apple e Facebook. O foco dessas empresas são as habilidades.

Na era do ensino que valoriza as habilidades os professores serão tão importantes quanto agora, mas o seu papel será de conduzir os alunos através de trilhas individuais de aprendizagem. Segundo o vice-presidente da Kroton, uma das maiores empresas privadas de educação no mundo, Rui Fava, a educação do século 21 exige menos ensino e mais aprendizagem e isso muda completamente a maneira como pensamos as escolas e universidades. Se fizemos um exercício do como estamos em relação à década passada, logo percebemos que a maneira de nos comunicarmos, viajarmos, assistirmos filmes, ouvirmos música e lermos notícias e livros mudou e muito. Entretanto, a educação pouco ou praticamente nada mudou. Continuamos com o mesmo modelo de 200 anos atrás.

Para Jonathan Bergmann, professor e criador do método de ensino sala de aula invertida (Flipped Classroom), a educação tradicional está morta, estamos vivendo na era em que as pessoas querem resolver problemas do mundo, na era da criatividade. A medida que a tecnologia evolui e as inovações ocorrem, aumenta a distância entre o que é ofertado na educação pública e nas privadas. Um ensino que contemple a tecnologia, empreendedorismo, robótica e criatividade, por exemplo, demanda de uma estrutura e incentivo tanto para o professor como para o aluno. Estamos em processo de constante mudança, mas, na educação, se não evoluirmos seremos consumidos pela velocidade que a mudança está ocorrendo.

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